sábado, 22 de abril de 2017

* ~ A Religião e Religiosidade do Povo Egípcio

Para os egípcios (3100-1000 a.c.), havia pouca distinção entre religião e magia. Se existia alguma diferença, ela devia estar na imediação das praticas de magia em oposição as religiosas. Nestas, o adorador fazia um pedido a uma divindade por meio de um intermédio ou sacerdote, enquanto um mago invocava a divindade diretamente. Mas com frequência, os sacerdotes e os magos eram a mesma pessoa.

Os egípcios eram extremamente religiosos, e sua religião era uma combinação complexa, bela e frequentemente mal entendida do monoteísmo abstrato e do politeísmo concreto.

Os Habitantes da terra de Khen acreditavam no conceito de uma divindade criadora, que era eterna, onipotente, auto-existente e incompreensível para seus adoradores.
Essa divindade chamada de Neteru (no singular: Neter no masculino e Netert no feminino), cujo significado incluía as ideias de divino, força e renovação. O politeísmo egípcio se manifestava na grande quantidade de divindades superiores celestiais, terrestres, locais e inferiores.

Eram consideradas extensões e atributos de Neteru, manifestando em formas que podiam ser visualizadas e compreendidas pela mente humana, amadas pelo coração e adoradas por um povo profundamente religioso. Os egípcios reconheciam a validade de mitos, lendas e cornucópias de Deuses que para o pensamento moderno podem parecer confusos e contraditórios.

Três princípios podem ser identificados na religião egípcia: 

1. A crença em uma força suprema criadora da vida, cujo poder era simbolizado de modo especial pelos raios do sol. 

2. A crença no poder regenerativo da natureza, que era simbolizado nas águas criadoras do rio nilo e expresso na adoração politeísta de inúmeros deuses e deusas. 

3. Reconhecimento de uma deidade que é humana e também divina, cuja vida tanto no mundo físico quanto no mundo espiritual além da morte espelha a vida perfeita.

Os Egípcios também estavam entre os primeiros povos a desenvolverem o conceito da Alma humana; grande parte da religião era direcionada ao culto aos mortos.
Acreditava-se que o ser humano era composto de várias partes, incluindo Khat (corpo físico), Ka (corpo astral), Ba (alma), Khu (espírito),Sekhen (força vital), Khaibit (sombra) e Ren (nome).
Ba implica algo nobre sublime e poderoso. Apos a morte, a alma estava livre para deixar a sepultura e viver o pós-vida, porém o Khu e o Ka poderiam ficar presos na tumba por isso, recorriam a fórmulas mágicas para impedir que isso acontecesse.
Haviam dois tipos de magos no Egito os sacerdotes magos e os magos comuns que não eram ligados a nenhum templo e praticavam sua magia de forma individual e as vezes coletiva com a permissão do templo. Mas a maioria deles, contudo pertenciam a uma classe sacerdotal.
Sem dúvidas a religiosidade e magia egípcia são repletas de fascinantes mistérios, espero que este texto tenha explicado um pouco desta fantástica religião.

Autor convidado: Thiago Janot (Draco).




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Um comentário:

  1. Maravilhoso! Os egípcios realmente eram muito além do seu tempo, com conceitos incríveis! Amei o texto.

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By Trívia Luna